domingo, 19 de abril de 2009

ambições



acordo meio dia e olho para os lados - nenhum sinal de alma viva. levanto e tento chegar à cozinha apesar da tremenda dor de cabeça que me ataca. pelo caminho, desvio de garrafas vazias. bravas guerreiras, lutaram até o último minuto para embebedar todos aqueles que ousaram profanar o seu conteúdo.

na cozinha, bitucas, limão, sujeira e nenhuma comida. não consigo me lembrar quando foi a última vez que comi, mas isso também não importa agora. muito menos me importa quem vai limpar toda essa bagunça. isso não é problema meu.

passo a tarde divagando sobre minha vida, meus planos [ou a ausência deles]. não consigo entrar em consenso comigo mesmo e isso me faz fumar um cigarro atrás do outro.

'como as pessoas são fúteis'. pensamento recorrente. é difícil acreditar que eu me entreguei a esse impulso de viver sem conseqüências, como se não pudesse fazer realmente nada significante a não ser destruir a minha própria vida com flash backs e cânceres de pulmão.

estou determinado a mudar. levanto, visto-me para sair e procurar um pouco de inspiração pessoal. então, o telefone toca:

'oi, vamos pra casa da bi hoje. quer beber com a gente?'

...

'talvez eu possa ser alguém melhor amanhã.'

a porta se fecha e com ela o desejo de algo mais.

6 comentários:

  1. para bom descrevedor,uma bituca basta.
    =)


    me senti uma colega doente da internet bem aqui, nesse minuto.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. jah disse que tu é alcoolatra mesmo xD

    adorei o texto.
    bjus =*

    Liv.

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  4. o mais difícil está feito
    descobrir qual é a ambição

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  5. me gusta tus borrões, mi caro amigo.
    ana/lora

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